Divulgação científica por Tiago Carneiro
Publicado por Júlia Aucélio
Imagem ilustrativa de um cachorro
Quando a consciência animal é debatida no campo acadêmico, pode-se seguir duas linhas principais de pensamento, sendo elas da Psicologia ou da Biologia. A Psicologia acadêmica acredita que a consciência é um fator que se limita aos seres humanos, já a linha da Biologia prega o pensamento de que consciência e inteligência são coisas diferentes, e faz de seu material de estudo os chamados “atos de consciência”.
Para a Biologia, a consciência se divide em 3 principais aspectos, sendo eles: cognição, autoconsciência e senciência. A cognição se relaciona à capacidade de aprendizagem, ou seja, a obtenção, armazenamento e processamento de informações. A autoconsciência está relacionada ao conhecimento do indivíduo sobre sua própria existência, ou seja, noção espacial e individual sobre si mesmo. Por fim, a senciência está relacionada à capacidade de expressar, reconhecer e interpretar fatos com uma visão mais profunda/sentimental.
Outro aspecto a ser entendido é o objeto de estudo da Biologia, os “atos de consciência”. Os atos de consciência são atividades específicas que, quando desempenhadas por um grupo de animais, funcionam como um indicador de que, naquele grupo, há consciência em algum nível. Exemplos desse tipo de fato são: noção de futuro, senso de justiça, noção de si, indício sentimental, etc. Todos esses fatos indicam, em certo nível, consciência, já que intrinsecamente envolvem algum nível de complexidade comportamental.
A Psicologia, por mais que não tenha uma ideia universal sobre o conceito de consciência, ainda assim não admite que animais a possuam. Muito se é pontuado sobre a anatomia cerebral humana em comparação à não humana. No entanto, é de extrema ignorância se embasar nesse fato, já que, por mais que não seja igual, outros animais não humanos possuem organizações cerebrais semelhantes em certa escala, como por exemplo cetáceos, corvos, papagaios, primatas e etc. Ainda assim, a ideia da ausência de consciência em animais se propaga, havendo inclusive preceitos psicológicos que se baseiam em anatomia, não sendo considerados para nenhum grupo além do humano.
Em resumo, o estudo relacionado à consciência animal é extremamente complicado de ser dirigido, pois há a necessidade da imparcialidade por parte dos cientistas. Além de que, caso o estudo fosse considerado verdadeiro, muitos conceitos e convenções da própria psicologia teriam de ser reavaliados e reformulados, a fim de se chegar a uma nova teoria referente à consciência.
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